A Teoria Ator-Rede no encontro com as psicologias e os modos históricos: entre a crítica dos modos modernos e a proposição de versões amodernas

Cómo citar

A Teoria Ator-Rede no encontro com as psicologias e os modos históricos: entre a crítica dos modos modernos e a proposição de versões amodernas. (2024). Tesis Psicológica, 19(1). https://doi.org/10.37511/

Resumen

O presente artigo visa explorar as relações estabelecidas e as relações possíveis entre a Teoria Ator-Rede, especialmente a desenvolvida por Bruno Latour, e saberes como as psicologias e os modos de produção históricos, buscando elementos para uma história da psicologia renovada. Em sua primeira parte, o artigo esboça cinco linhas relativas aos trabalhos de Latour sobre a Psicologia: (1) o entendimento desta como efeito do processo de purificação e separação moderno; (2) o entendimento da etnopsiquiatria de Tobie Nathan como alternativa a este processo; (3) o entendimento da Psicologia como conectável aos efeitos de produção de subjetividade dentro de uma perspectiva realista-construtivista; (4) a descrição de processos efetivos de produção de subjetividades operados pela Psicologia; e (5) a análise da Psicologia no contexto dos modos de articulação e das redes políticas engendradas por distintos modos de pesquisar. Em seguida, o artigo expõe os diferentes modos de se considerar a história e a temporalidade, em formas alternativas às da História das Ciências tradicionais e, assim, mais próximas aos modelos de Michel Serres e ao princípio de simetria. Por fim, o artigo conclui com um balanço sobre os diferentes modos como se pode pensar o campo psicológico a partir da Teoria Ator-Rede.

Referencias

Canguilhem, G. (1966). Qu'est-ce que la psychologie.In: Cahiers pour l'Analyse, 2,‎ 77-91.

Despret, V. (1999). Ces émotions que nous fabriquent. Etnopsychologie de l’authenticité. Le Plessis-Robinson: Synthélabo.

_________. (2011). Dôssie Despret: Os dispositivos experimentais. Fractal: Revista de Psicologia, Niterói, UFF, 23(1), 5-82.

Ferreira, A. (2012). Jamás hemos sido ingenuos (O dócil sí, pero ingenuo jamás): un estudio sobre la constitución del sujeto ingenuo en los laboratorios psicológicos In: Teoría del Actor-Red: más allá de los estudios de ciencia y tecnología. pp. 283-300. Barcelona: Amentia, 2012.

_________. (2020). How to study the construction of subjectivity with ANT? In: Blok, A., Farías, I.; Roberts C. The Routledge Companion to Actor-Network Theory. Nova York e Londres: Routledge Company, 2020.

Ferreira, A. A. L.; Foureaux, B.; Brandão, J. T.; Sodré, K. R.; Miguel, M. V. B. V. & Pereira, N. B. (2013). A produção de subjetividades em rede: Seguindo as pistas de uma divisão de psicologia aplicada. Universitas Humanistica, 76, 371-392.

Ferreira, A. & Madriaga, J. (2017). Campo CTS na América latina e domínios psi: pequena crônica de encontros e desencontros. In: Backchannels (4S). Accessed in: http://www.4sonline.org/blog/post/campo_cts_na_america_latina_e_dominios_psi_pequena_cronica_de_encontros_e_d.

Ferreira, A. A. L.; Carrasco, J. (2021). TAR y psicología: vastos pensamientos y pistas imprecisas. In: Rodríguez-Medina, L. et alli (Orgs.). La teoría del actor red desde América Latina. México DF: El Colegio de México, 2021

Foucault, M. (1995). Genealogia da ética. In: DREYFUSS, H.; RABINOW, H. (Org.). Michel Foucault: uma trajetória filosófica. Rio de Janeiro: Forense Universitária.

Latour, B. (1987a). Culture et technique. Les "vues" de l'esprit. Réseaux, 5(27), 79- 96.

_______. (1987b). Science in Action: How to Follow Scientists and Engineers through Society, Cambridge: Harvard University Press.

_______. (1994). Jamais fomos Modernos. São Paulo: Editora 34.

_______. (1996a). Petite réflexion sur le culte moderne des dieux faitiches. Paris: Éd. Synthélabo.

_______. (1996b). Pasteur e Pouchet: heterogênese da história das ciências. Em: Serres, M. (ed), Elementos para uma história das ciências. Lisboa : Terramar.

_______. (1997). Des sujets recalcitrants. Recherche, 301.

_______. (1998a).O exótico homem das cidades. Folha de São Paulo, São Paulo,12 April. Mais!, 3.

_______. (1998b). Universalidade em pedaços. Folha de São Paulo, São Paulo, 13 September. Mais!, 3.

_______. (1999). Pandora's Hope. Essays on the Reality of Science Studies. Cambridge: Harvard University Press.

_______. (2003).The promises of constructivism. In: Don Ihde (editor) Chasing Technology : Matrix of Materiality, Indiana Series for the Philosophy of Science, Indiana University Press, 27-46.

_______. (2004). How to talk about the body. Body & Society, 10(2-3), 205-229.

_______. (2005). Reassembling the social: An Introduction to Actor-Network Theory. Oxford: Oxford University Press.

_______. (2011). Cogitamus: six lettres sur les humanités scientifiques. Paris: La Découverte.

_______. (2013). An Inquiry of Modes of existence. Cambridge: Harvard University Press.

Latour, B. & HERMANT, E (2009). Paris: Ville Invisible. Les empêcheurs de penser en rond.

Latour, B. & WOOLGAR, S. (1979). Laboratory life. The social construction of scientific facts. Beverly Hills, California, and London: Sage Publications.

Law, J. (2004). After Method. New York: Routledge.

Mol, A. (2002). The body multiple: ontology in medical practice. Durham: Duke University Press..

Serres, M. (1992). Éclaircissements. Paris : Burin..

Shapin, S. & Schaffer, S. (1985). Leviathan and the Air-Pump: Hobbes, Boyle and the Experimental Life. Princeton: Princeton University Press.

Stengers, I. (1989). Quem tem medo da ciência? São Paulo: Siciliano.

_________. (1992). La volonté de faire Science. Les empêcheurs de penser en rond.

Stengers, I. & Chértok, L. (1992). A Critique of Psychoanalytic Reason: Hypnosis as a Scientific Problem from Lavoisier to Lacan. Les empêcheurs de penser en rond.

Stengers, I.; Nathan, T. (1999). Médicines et Sorciers. Les empêcheurs de penser en rond.

Creative Commons License

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-CompartirIgual 4.0.

Derechos de autor 2024 Tesis Psicológica